“Não passarão!” é um lema cujo objetivo é expressar a determinação de defender uma posição contra o inimigo.
A primeira referência a seu uso remonta à Batalha de Verdun, durante a Primeira Guerra Mundial, pronunciado pelo general francês Robert Nivelle (embora alguns atribuam ao seu comandante, Philippe Pétain). Apareceu, posteriormente, em cartazes de propaganda, como de Maurice Neumont após a Segunda Batalha do Marne, com a forma “On ne passe pas!”, que seria a forma adotada nas placas dos uniformes da Linha Maginot. Os soldados romenos utilizaram-na na Batalha de Mărășești em sua tradução romena, “Pe aici nu se trece”.
Mais tarde, durante a Guerra Civil Espanhola (1936–39), foi usado no Cerco de Madrid em sua famosa versão castelhana “¡No pasarán!” por Dolores Ibárruri Gómez, La Pasionaria, uma das fundadoras do Partido Comunista da Espanha, que o tirou de um cartaz produzido pelo pintor Ramón Puyol para os republicanos e o utilizou em discurso. “¡No pasarán!” foi usado também por britânicos antifascistas durante a Batalha de Cable Street em outubro de 1936.
Ainda na Espanha, O lema de resposta da direita, “Passamos” (em espanhol, “Hemos pasado”), foi cunhado pelo general Francisco Franco quando suas forças entraram, finalmente, em Madrid, e a cantora Celia Gámez interpretou “Ya hemos pasao” (em português, “Já passamos”), ironizando o lado vencido.
A frase foi usada também durante a Segunda Guerra Mundial, trazida à mentalidade popular após seu uso de dezembro de 1943 por parte do oficial Paul Triquet do 22° Regimento Real; sua ação incluiu o uso da frase de Nivelle “atingir um objetivo chave em Ortona, Itália, diante da avassaladora oposição alemã”.
O lema também foi empregado na Revolução Sandinista, quando foram bloqueadas as ruas, não permitindo a passagem da Guarda Nacional da Nicarágua pelos bairros sandinistas. Posteriormente, também foi usado no combate à agressão armada protagonizada pelo grupo denominado "Os Contras" - organizado, apoiado e financiado pelos Estados Unidos.
“Não passarão!” chegou a ser um lema internacional antifascista e ainda é usado nos círculos políticos de esquerda.
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